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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Resenha: Circle (2015)

    Achou que eu não ia voltar??? Eu também Achou errado otário!!



    Há muito tempo atrás eu escrevi de maneira vergonhosa a resenha de um filme chamado Cubo. Um filme que apesar de seus problemas estruturais se propôe a colocar um grupo de desconhecidos em uma situação onde terão que fazer escolhas, muitas vezes letais. Se isso soou familiar é porque o plot de Cubo foi ou não o precursor de um gênero que mais tarde viria a ser popularizar com a série Jogos Mortais. 



    Mas onde entra Circle nessa história? Circle é de 2015, bem depois do auge deste sub-gênero. Ele bebe da influência de cubo, e em diversos aspectos melhora a formula apresentada em 1997. O filme não perde tempo com cenas de ação mirabolantes, e obta por se focar totalmente nas relações entre os personagens. Sendo esse seu grande mérito e ao mesmo tempo o maior defeito.



    Por mais que tenha um orçamento mais enxuto, não se pode dizer que o longa não é voluntarioso. Durante a primeira hora do filme temos uma quantidade quase abjeta de micro-plots, onde por vezes um novo personagem surge protagoniza uma situação e é sumariamente excluido em questão de segundos. Por mais que Circle se foque em diálogos, muitas vezes a impressão é que falta desenvolvimento. Isso é bem explícito nos primeiros 20 minutos, onde mais de 30 personagens buscam algum protagonismo e menos de um terço deles permanecem nos próximos 10 mnutos. 

    Aproximando-se do terceiro ato a dinâmica muda um pouco, com menos personagens um clima de tensão se instala gerando um nó na garganta do espectador, que pouco a pouco vai se apertando, para só se desnrolar próximo da conclusão final.



    Concluído Circle tenta ser uma mistura de Cubo e 12 Homens e uma Sentença (nunca esperei usar esses dois filmes na mesma frase). E por mais que tenha apenas 1 hora e 20, parece lento em seu primeiro e segundo atos, mas pode surpreender no final, não tanto por sua história, mas por alguns trabalhos pontuais de atuação.






Nota: 6.8


Você não odeia a segunda-feita, você odeia o capitalismo

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