Marcadores

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Resenha: Gênio Indomável (1997)




   A industria do cinema é algo surpreendente. Repleto de profissionais consagrados nas diversas áreas em que ela abrange, seja como atores, diretores, roteiristas ou técnicos de iluminação. Mas vez o outra um talento surge e surpreende até o mais renomado profissional. E eu não estou falando do Will Hunting, protagonista do filme Gênio indomável. Mas sim da dupla Matt Damon e Ben Affleck que escreveram o filme de hoje com tamanho esmero e competência que é lembrado e estudado até os dias de hoje





   Lançado em 1997 Gênio Indomável, ou Good Will Hunting no original, é um filme dramatico dirigido por Gus Van Sant e escrito e atuado pela dupla Matt Damon e Ben Affleck. Além dos dois também temos o excelentíssimo Robin Willians interpretando o papel que lhe rendeu seu primeiro e único Oscar.

   Confesso que na primeira vez que vi o filme não achei nada de mais, mas ao revê-lo para escrever está critica, já passado um bom tempo e com uma cultura filmistica aprimorada, pude entender os por menores do roteiro e entender que ele um algo a mais. Nessa minha segunda análise compreendi que o filme tem duas camadas. Uma mais superficial onde a história pode ser interpretada como simplória e até repleta de clichês. E uma camada mais densa onde o filme evolui junto com seus personagens de maneira quase imperceptível, mas ainda assim preservando uma naturalidade que é tão alvejada por qualquer cineasta. Todo essa característica eu dirijo especialmente a dois pontos principais: Ao roteiro e a direção.

   Ao roteiro que foi construído de uma maneira onde o mais marcante acaba não sendo o desfecho final, mas sim a trajetória levada até aquele destino. E o diretor que sabiamente deixou brechas para cenas de improvisação, que ditou o filme com a naturalidade necessária e consagrando a atuação do excelentíssimo Robin Williams, e revelando que Matt Damon além de escrever consegue atuar muito bem.



  A história se inicia em Boston mais precisamente no Massachusetts Institute of Technology (famoso MIT). Um professor interpretado por Stellan Skarsgard desafia uma turma de
matemática a resolver um famoso teorema até o final do semestre. O que esse renomado matemático não esperava era que o problema seria resolvido já na próxima aula. Surpreso o professor Gerald Lambeau procura descobrir qual de seus alunos havia realizado tal proeza, mas o paradeiro do jovem prodígio acabou sendo mais surpreendente ainda. Will Hunting, um faxineiro problemático havia sido o autor de tal proeza. Gerald procura Will para instrui-lo a se tornar seu pupilo e futuramente um grande matemático, mas Will acaba se envolvendo em uma briga sem sentido e é preso. O professor consegue intervir antes que o garoto seja condenado, e um acordo é feito. Will ficaria sobre guarda do professor e teria de frequentar um terapeuta. Terapeuta esse que mais tarde acaba por mudar a vida de Will (o contrário também se faz fato) para sempre.

   Quando Will passa a se consultar com o terapeuta Sean (Robin William) os dois passam a se analisar a fim de descobrir as maiores aflições e medos um do outro. Assim inicia-se uma batalha entre os dois onde o gênio procura desmantelar seu algoz (até consegue algumas vezes), e o sábio procura entender e ajudar o garoto a se tornar uma pessoa melhor e menos reprimida.

   É interessante notar que tanto Sean quanto Gerald (dois profissionais super qualificados e estudados), se rendem para o talento do jovem Will (que não passava de um faxineiro). Mas o garoto, já reconhecido com prodigioso, teima em não aceitar mudanças por conta de seu passado tempestuoso como órfão. Passado esse que causa grandes conflitos em sua vida, mas também uma afeição entre de Sean que simpatiza e reconhece sua dor. Assim terapeuta e paciente se relacionam na dor e os dois homens finalmente se aceitam e passam a seguir em frente.




Nota do Autor: 9.3

Nenhum comentário:

Postar um comentário