Poucos filmes foram mais vistos na minha casa durante a infância do que Os Incríveis (talvez apenas o Rei Leão). Mas depois vários anos desde que aquele velho DVD fora aposentado, e o filme tinha se tornado uma memória nostálgica distante, resolvi revisitar essa que uma das mais cultuadas obras da Pixar. E vendo hoje já adulto me trouxe algumas conclusões interessantes.
Primeiramente, pode ser por um fator emocional, mas as piadas na versão dubladas (sim, eu ainda lembrava da maioria das Puch-lines na versão dublada) eram bem mais efetivas. Muito se deve à um dos melhores trabalhos de localização de alguma dublagem na época. Seja ao mudar o nome de Bob Parr, para Beto Pêra, ou nos ótimos cacoetes dos personagens figurantes.
Outro ponto que me chamou a atenção foi o nível da animação. Claro que comparada com as de hoje (mais de 15 anos depois), elas sofrem um pouco, mas elementos como a ambientação da vegetação e a física dos cabelos surpreendem mesmo para padrões atuais.
E por fim o ponto que eu acredito ser o crucial para que
Os Incríveis seja lembrado como um dos melhores do catálogo da Pixar é o ótimo
roteiro de Brad Bird. Desenvolvendo a história de maneira inteligente e sutil,
mesmo para padrões Pixar. Arrisco a dizer que funcionando melhor hoje do que na época.
Os Incríveis fez parte da minha infância e desenvolvimento, assim como de milhares de outros jovens adultos. Ele vem de um tempo onde filmes de heróis eram novidade e o Brasil não tinha tomado de 7 da Alemanha, e trouxe consigo uma história que é simples, mas memorável. Única, porém extremamente pessoal. E principalmente honesta e divertida.
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